5 de jun. de 2012

As novas teorias raciais brasileiras

Duas teorias fizeram bastante sucesso em meio á população luso-brasileira e que eram bem discutidas em meio aos médicos e intelectuais do país. Essas teorias foram trazidas ao pais pelos filhos da elite republicana vindos da Europa, e pelas expedições cientificas que vieram ao Brasil, das quais participavam cientistas antropólogos e outros intelectuais. Tais teorias justificam a impossibilidade de progresso do Brasil, dos países tropicais e da Africa dadas ás questões voltadas no entorno de fatores sociais. Com a chegada de D.Jõao VI e a transferência da família real para o Brasil, as exigências em relação a isso foram maiores, ao passo,que o então imperador D.João queria projetar o pais no cenário cientifico internacional devido á diversidade natural da abundância de dados para a o estudo da zoologia e da botânica, tentando obscurecer o fator racial existente na colônia.
  Após a abolição da escravatura em 1888, em que 700 mil negros foram alforriados, a imigração européia passou a preocupar os eugenistas, com a entrada dos europeus vieram também as idéias anarquistas e culturas distintas. A elite brasileira já patriota e disciplinar, apostou nesse projeto de raça e de incremento econômico de café, diferente do estereótipo do negro, os imigrantes carregavam os estigmas preconceituosos de que eram preguiçosos sujos e indisciplinados tal como os negros.
  Os eugenistas surgiram no efervescer desses conflitos, tinham proposta e soluções para curar o Brasil, muitos eram os caminhos dessa limpeza: o branqueamento pelo cruzamento, o controle de imigração do segregacionismo e, por fim, a esterilização tudo isso em prol de uma higienização do pais segundo alguns médicos sanitaristas como Belisário Pena, “O Brasil está doente” e muitas dessas idéias eram fornecidas e estabelecidas através de raças e misturas. Segundo os sanitaristas, a guerra era um fator degenerativo, era necessário aproveitar o momento de cuidar da higiene das raças para a grandeza da racionalidade.
  O governo do presidente Getúlio Vargas, provocou mudanças significativas no começo século XX, transformando o país nos âmbitos sociais, políticos, econômicos e ideológicos formando-o num estado centralizador e nacionalista.
  O Estado também pode ser visto no campo antropológico, sobretudo ele é estudado de forma mais ampla no campo da Ciência Política. Quando se fala a palavra nação com relação a tudo que envolve o Estado( sua força e permanência) muitos teóricos buscam entender a dinâmica.
  Marcel Mauss , fez um estudo no campo político, onde o Estado Nacional aparece como fenômeno europeu ocidental, ao mesmo tempo apresenta o nacionalismo como algo negativo, para Mauss, nação inclui crença na raça, língua e civilização comuns,que embasa a maior parte das ideologias nacionalistas, o mesmo critica ainda o que chama “Nacionalização do Pensamento”, folclorização prática observada atualmente em países periféricos, há a perda dos costumes culturais, significando para esses povos algo distante em suas vidas.
Mauss está se reportando aos excessos do nacionalismo, onde os valores nacionais são exagerados em detrimento dos valores dos outros, nesse caso o conteúdo político do conceito de nação é suplantado pela idéia de nacionalismo.
  No Brasil o regime republicano amplia essa discussão, pois para boa parte dos eugenista a uma nação, o país era uma nação sem “povo”. O ideal republicano era criar novos campos de saber para manter racionalmente a necessidade de uma nação homogênea , tipicamente Brasileira.
  Durante os anos 30 e na metade dos anos 40, o racismo determinou uma série de restrições á imigração de trabalhadores estrangeiros. Essa discriminação materializou-se, em 1933, na aprovação de um projeto de emenda constitucional patrocinado por Miguel Couto, que defendia uma orientação” Branca, Cristã e Nacionalista” , proibia a entrada de elementos de raça negra e amarela e tornava obrigatório o exame de sanidade física e mental dos imigrantes estrangeiros.
 


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